Ligação iônica, Ligação covalente e Ligação Dativa

Em primeiro lugar vamos deixar claro algumas definições para aí sim começar a explicação das ligações.

É necessário saber como funciona a "Regra do octeto" - Essa regra diz que os átomos tendem a ganhar, perder ou compartilhar elétrons até que eles sejam circundados por oito elétrons de valência. Ou seja, adquira uma configuração eletrônica de gás nobre. Para que isso ocorra os níveis s e p devem estar completos.
Claro que essa regra não é geral para todos os átomos, existem exceções, porém ela fornece uma estrutura útil para introduzir muitos conceitos importantes.

• Ligação iônica:

As ligações iônicas ocorrem devido às forças eletrostáticas existentes entre os íons de cargas opostas. Esses íons devem ser formados a partir de átomos pela transferência de um ou mais elétrons de um átomo para o outro. Nessa ligação haverá a transferência de elétrons de um átomo ao outro. 
Vamos lembrar de conceitos anteriores para que essa ligação fique perfeitamente explicada:

• Clique sobre os links para relembrar os conceitos:

Energia de Ionização e Afinidade eletrônica

Bem, tendo esses conceitos claros, vamos a explicação:
Para que uma ligação iônica ocorra um átomo deve ter baixa Energia de ionização, ou seja, ele deve possuir uma baixa energia mínima para que um elétron seja retirado, em palavras mais simples, ele tem que ter a tendência de perder um elétron facilmente. Além disso, o outro átomo em questão deve ter uma baixa Afinidade Eletrônica, como vimos anteriormente quanto mais negativo for essa Afinidade, maior será a atração do átomo pelo elétron em questão. 
Com esses dois fatores em nossa "disposição", teremos um cenário propício para ocorrer uma ligação iônica, onde um átomo irá ceder um elétron ao outro, por conta dessas forças eletrostáticas entre eles.
Certo?

Veja nessa ilustração a transferência de elétrons sendo realizada.

• Ligação Covalente:

A grande maioria das substâncias não possuem características de material iônica, e então veio a Ligação covalente. Essa ligação ocorre pelo compartilhamento de elétrons entre átomos. 
Vamos ver quimicamente como essa ligação ocorre:
Ex: H2

Dois átomos de hidrogênio são aproximados suficientemente um do outro. Com isso, haverá interações eletrostáticas entre eles. São elas: Os dois núcleos carregados positivamente se repelem mutuamente, assim como os elétrons carregados negativamente também. Porém, o núcleo e os elétrons atraem um ao outro. 
Mas como eles podem ser estáveis dessa forma?
Essas atrações entre os núcleos e os elétrons fazem com que a densidade eletrônica concentre-se entre os núcleos. Como consequência, o balanço entre todas essas interações é a atração. 
Os núcleos são atraídos eletrostaticamente pela concentração de cargas negativas entre eles. Dessa forma, podemos dizer que os responsáveis por essa união são os elétrons compartilhados entre os núcleos.

Veja nessa imagem uma ilustração desse compartilhamento de elétrons.

• Ligação covalente coordenada ou dativa:

Vamos representar a molécula de amônia (NH3):

Pode-se observar que ainda há um par de elétrons livres. Esse par de elétrons pode ainda fazer ligações, que serão chamadas DATIVAS;

Um exemplo é o Amônio (NH4)
Pode-se observar que a Amônia já se encontra estável pela regra do octeto, porém, quando vamos ver o Amônio percebemos que há mais um hidrogênio que busca por estabilidade. Sabendo que o nitrogênio apresenta dois elétrons livres, ele pode compartilhar esse elétrons com o hidrogênio, sem que o hidrogênio faça o mesmo. É como se o nitrogênio emprestasse o elétron, continua sendo dele, mas está sendo usado pelo hidrogênio.
Bem, isso é a ligação dativa, como se fosse um empréstimo de elétrons, aquele que tem de sobra empresta para aquele que está precisando, porém, o elétron continua sendo do que emprestou.

Veja como ficou a ligação dativa:

A ligação dativa pode ser representada com esses tracinhos, ou com uma flecha. Apesar que, atualmente já se representa a ligação dativa como uma ligação covalente simples, sem diferenciação.