Afinidade eletrônica

A afinidade eletrônica está relacionada a quantidade de energia liberada por um átomo ao receber um elétron. 

Para a maioria dos átomos, quando um elétron é adicionado, há liberação de energia, como no caso do Cloro que libera 349 kj/mol.  Mas há átomos também, que ao receber o elétron acaba absorvendo energia, que é o caso do Argônio.
Uma observação que deve ser feita é que quando mais negativa for a afinidade eletrônica, maior a atração do átomo pelo elétron em questão. Quando a afinidade eletrônica for maior do que zero, significa que o ânion tem energia mais alta do que os átomos e elétrons separadamente.

• Qual o motivo disso?

Vamos ver um exemplo dos Halogênios (Família 7A), por exemplo o Flúor (Z = 9)
1s2 2s2 2p5
Se adicionarmos um elétron nele, esse elétron irá entrar em um orbital que já está ocupado, isso resultará em repulsões elétron-elétron maiores. Porém, é vantajoso ao sistema o recebimento desse elétron, já que ele não precisará investir grandes quantidades de energia para que o átomo aceite o elétron, pelo contrário, o átomo até mesmo libera energia com essa chegada. 
Temos que a afinidade eletrônica do Flúor é -328 kj/mol. Podemos concluir que há uma atração muito considerável entre o elétron e o átomo de Flúor.

Vamos a outro exemplo, agora dos Gases nobres.
Sabemos que os gases nobres são muito estáveis, logo, a adição de um elétron não é algo realmente atrativo para os átomos desse grupo. Vamos ver o comportamento da afinidade eletrônica para esse caso.
Neônio Z= 10
1s2 2s2 2p6
Se adicionarmos um elétron ao Neônio, ele irá para o subnível 3s, que é um subnível de energia maior do que o 2p. Logo, ele precisava absorver energia para que isso seja possível. Porém, ocupar um subnível de mais alta energia é energeticamente desfavorável para o sistema. Temos que a afinidade eletrônica para esse caso é altamente positiva. 

• Tendências de afinidade eletrônica:

Bem, é isso pessoal, espero que tenha ajudado vocês... Bom estudo!